sábado, 20 de agosto de 2016
Sobre desapaixonar-se e... apaixonar-se novamente!
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Sobre apaixonar-se
Gente, esse negócio de estar "paxonado" é tenso!
- Primeiro: você leva, literalmente, uma vida pra dormir.
- Segundo: você acorda cantando de madrugada (pelo menos essa madrugada não foi sertanejo. Ufa!).
- Terceiro: a fome desaparece.
- Quarto: você fica insuportavelmente feliz e sorridente e é pego "no flagra" rindo para o vazio.
- Quinto: não existe tempo ruim ou nublado, só sol e céu azul.
- Sexto: qualquer canção que você ouve, você vê a outra pessoa sorrindo pra você e você sorri de volta.
- Sétimo: a sua energia muda, você fica mais "shining".
- Oitavo: você descobre que "mimiga" é muito mais do que a ausência do chão no próximo passo, ou na descida da montanha russa, depois de uma gigantesca e lenta subida íngreme.
- Nono: você vê graça até nas piadas mais idiotas do vídeo show, como por exemplo, "A: O que é um pontinho vermelho na sua TV? B: Red globo".
- Décimo: e, por último, mas não menos importante, você se transforma em escritor, ou poeta, sem ter a menor vocação para isso.
Notas:
Shinig vem do verbo, em inglês, to shine e tem ideia de brilhante, iluminado (algo no estilo luz do sol).
Mimiga é aquela sensação de frio na barriga quando você está dentro de um carro, como passageiro, e, na estrada, tem uma subida e descida rápidas, de modo que haja um frio na barriga. É uma expressão que nós, meus irmãos e eu, usávamos em nossa infância. Acredito que tínhamos a sensação de termos formigas no estômago.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Well, well, well...
Foi assim, em 2011, ano de minha última postagem, eu parei de escrever minhas "vãs filosofias" por conta da minha rotina. E, como não era uma atividade remunerada, o prazer acabou ficando para depois, e depoi, e depo, e dep, e de, e d, e...
Enfim, eis que num belo, lindo e ensolarado dia, ao revisar backups antigos, eu "descobri", ao reencontrar anotações, que tinha um blog. No começo eu fiquei meio "tipo assim, entende?". Só depois de acessá-lo novamente é que minha memória voltou a funcionar melhor e eu me vi emocionada ao reencontrar-me em meus textos.
Agora, um pouco mais madura (ou não!), um pouco mais velha (ou sim!) e um pouco mais atarefada (bem mais do que antes!), vou tentar voltar a escrever.
E antes de me despedir, quero compartilhar uma "coisa suuuuuuuuuuuuuper da hora"! Voltei para a faculdade e finalmente estou perdendo o sono de tão preocupada que estou se vou, ou não, conseguir entender tudo o que os professores dizem e, consequentemente, fechar o semestre. O primeiro já foi. Completão, sem nenhuma reprovação! E essa é minha cara de felicidade por essa conquista: =B
Cheers!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
paressência
terça-feira, 30 de agosto de 2011
5'
Quanto valem cinco minutos pra você? Que fração de tempo tão “insignificante” é essa? O que você pode e consegue fazer em cinco minutos?
Hoje, enquanto sacolejava de volta do trabalho, num “busão” quente e abafado, pelas escaldantes ruas de Palmas – “horário” de almoço, duas da tarde – era possível ver e sentir o vapor subindo do asfalto. Olho para o cruzamento adiante e vejo que o ônibus que era para eu pegar estava no sinal fechado, a 5 minutos de distância. Alguém puxa a cordinha, motorista para, o sinal fecha. Do ônibus onde estou enclausurada, observo o outro que parte. E lá se vão meu ônibus (que sai a cada 40 minutos da estação) e minha “economia” de aproximadamente 5 minutos de caminhada sob o sol escaldante do horário. Gasto um tempo para decidir o que fazer. Decido continuar onde estou e sigo adiante.
Nesse ínterim faço uma retrospectiva para o amanhecer. Faltavam 25 minutos para as seis da manhã, quando meu celular começa a berrar. Ele berra a cada 5 minutos em um tipo de despertador e 10 minutos no outro. Dez minutos nada mais é do que a soma de 2 cinco minutos, e exatamente às 5:55 eu estava de pé, me preparando para começar os serviços de higiene, arrumação e, algum tempo depois, pronto!, mochila nas costas e vamos para o ponto de ônibus. Quanto tempo eu gasto para chegar lá? Vejamos se você percebe o óbvio. Sim, se você disse 5 minutos, você acertou na mosca. Se você disse 10 minutos, de certa forma você também acertou, afinal 10’ = 2 × 5’.
Se eu retornar mais algumas horas, antes do meu dia amanhecer, estarei na frente do computador, conversando com minha irmã por quem esperei durante muito tempo e nossa conversa durou exatos 5 minutos. Decidimos coisas, fizemos planos e começamos uma discussão, que não foi adiante, porque os 5 minutos de prazo venceram, e eu tive que me retirar para jogar-me na cama.
O que aconteceria se eu tivesse ido para a cama 5 minutos antes? Não teria falado com ela, não teria tomado as decisões que seriam necessárias para aquele momento. E, se eu tivesse retornado para casa 5 minutos antes do horário que cheguei? Será que aquela pessoa tão querida por mim estaria online me esperando? O que estaria fazendo? Como estaria se sentindo?
Quanto tempo você precisa para saber que ama uma pessoa? Quanto tempo você precisa para dizer a essa pessoa amada que a ama? Quanto tempo você “gasta” andando em círculos e batendo cabeça? Seriam 5 minutos suficientes?
Você seria capaz de “ficar sozinho por 5 minutos” sem se machucar ou sem se torturar?
Cinco minutos. Cinco minutos é tudo que preciso para mudar meu mundo.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
"O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO"
"Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
- Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
- Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando- nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha - geralmente uma das filhas - e dizia:
- Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, t ambém ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
- Vamos marcar uma saída!... - ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!"
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Metaphor
I am writing because I have this strange feeling in my heart. I feel I'm about to implode with sadness, but at the same time to burst with joy. Those controversial feelings cause me the same physiological reaction. The sweet tears that stream down my face when I'm very happy are the bitter ones that flow when I'm sad.
My process of "uprooting" brought me many good things and also many bad things. I moved away from family, good friends (my best pieces that tolerate me for years), my best addictions (some became worse), yet it threw me in the world, in life and this is giving me great lessons of self-knowledge and maturity that I never imagined happening. Yeah, I thought I knew everything about life and about me, guess what!, I didn’t know a third of the fourth part of half of the infinity line.
Uproot means, lexically speaking, pluck the roots (of a tree), transport it to another place, take care and hope it survives. I've gone through the stage hope-it-survives; I am in the beginning of a more advanced stage, the stage to live. Living the new differences, new developments, the sorrows, joys, the old, the interesting, the unusual... My life has been like that and I want it to continue for a long time. I do not want to be that kind of person I used to be, I want to be this 3.4 turbo version with even more open mind and heart with more sedimentary feelings, always ready to create new places to put together the pieces that come from other people. Some of them I haven’t even met, but they give me so much and so lovingly, that I can’t avoid not keeping them in my places. The bits of me left behind still have their place in the rooms, but nostalgia always tightens the chest as if it were strangling, crushing, suffocating! Then, someone comes in and drops a little the knot of the rope, it helps to take the hands off the neck and the chest rises and falls breathing relieved. Blessed technology!
I feel part of a metaphor, where their essence is the essence of itself by itself. Complicated? No, that's life! Living is a constant "to metaphor" where we, only we, can color our own scenery. We have the freedom to give the colors we want, how we want, when we want and the way we want. Living is to puff out our chest and say, "Come, I'm ready".